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Fernando Guifer

Sobre o sequestro do ônibus, ontem, no RJ…

Posted on 21 de agosto de 2019

Quando, em qualquer ocorrência que seja, existe a perda de uma vida, não há o que comemorar. Ponto.
Creio que uma operação com morte jamais poderá ser considerada 100% bem-sucedida.

Mas não comemorar não significa deixar de cumprir a função em proteger inocentes que acordaram cedo para buscar o sustento dos filhos.

Sejamos racionais.
A Polícia, que é sim odiosa e também comete atrocidades diárias bem debaixo do nosso nariz, tem um protocolo a seguir em casos como o de ontem: abater o criminoso e libertar os reféns inocentes.
Isto é, claro, se o sequestrador demonstrar resistência em se entregar – o que de fato aconteceu. (também) Ponto.

Se a arma era de brinquedo e/ou se o cidadão apenas queria chamar atenção e “entrar para a história”, como um refém o parafraseou depois, é outra coisa.
A verdade é que não devemos entrar nesse mérito, uma vez que, se todos tivessem convicção de que se tratava apenas de uma “brincadeira”, bastava esperar ele cansar de brincar e, enfim, libertar as pessoas para seguirem suas vidas em paz.

Não era o caso. Era sério. Ou, ao menos, parecia ser. Era um sequestro, gente.
E o sequestrador, que portava combustível e fogo, não deu a menor pinta de que aquilo acabaria bem aos passageiros, pelo contrário.

É possível até que, aos passageiros, ele estivesse passando uma tranquilidade de que nada de ruim aconteceria com eles. Contudo, a verdade é que, pela ótica de todos os que acompanharam aquelas angustiantes horas pelo lado de fora do ônibus, é que apenas estavam diante de um sequestrador que, assim como vários outros, poderia sim desencadear uma tragédia sem precedentes ali.

E então? Vai pagar pra ver se é um garotão que somente quer chamar atenção ou se é um sequestrador irredutível em sua convicção de matar os pais de família que lá estavam e então “entrar para a história”?

E se ele realmente ateia fogo no ônibus e mata todo mundo?
Quantas famílias estariam destruídas agora?
Quantxs filhxs estariam sem pai/mãe?
Quantxs pais/mães estariam sem seus filhos?

Óbvio que, só o fato de chegar a esse ponto, já mostra o quão deficitário está o Brasil no que se refere a base de uma sociedade que pretende se desenvolver sem violência: educação.

Primeiro e único passo a ser dado (pq não existe atalho neste caso, querido presidente): precisamos investir em educação – e não realizar cortes.

Precisamos investir em educação para que no futuro não precisemos ver uma mãe chorando por ver o próprio filho ser morto pela Polícia ao vivo na televisão;

Precisamos investir em educação para que nenhum pai de família tenha sua paz perturbada no caminho para o trabalho, enquanto sua família assiste tudo pela televisão sem saber se ele estará vivo nos próximos minutos;

Precisamos investir em educação para não passar o constrangimento em ver um Governador comemorando a morte de alguém.

O que aconteceu ontem foi o ideal? Claro que não.
Uma pessoa morreu, logo, a operação não foi um sucesso absoluto.
A meu ver, teria sido uma operação impecável caso todos os reféns tivessem sido libertados e o sequestrador ido para a cadeia cumprir sua pena.

Mas algo tinha que ser feito para salvar aqueles trabalhadores, e não creio que o “insucesso” tenha sido por culpa da Polícia, uma vez que executou seu trabalho de acordo com o que é legalmente permitido.
O sequestrador, por sua vez, é quem não contribuiu para que a operação tivesse 100% de êxito.

Isso não é uma questão de gostar de político A ou B, ou ser fanzinho de partido A ou B. Há um protocolo policial para casos do tipo, e ele foi seguido.

A maioria das pessoas apenas se posicionam favoráveis ou contra o desfecho que tivemos, se o gatilho estiver ou não sob os dedos de seus políticos de estimação.

E para que eu não precise voltar aqui e diga que “a polícia executou seu trabalho” (mesmo tendo uma pessoa morta na operação), que o investimento em educação se faz urgente, entendeu?
Para que não encaremos situações degradantes com naturalidade. Tornou-se comum matar e morrer por aqui – geralmente a troco de nada.

E injetar toda grana do mundo em educação não é, infelizmente, para nosso desfrute, em 2019. É um pensamento sustentável. É para que, em 2050, nosso neto sim tenha um mundo melhor e mais justo para viver, com tranquilidade para ir e vir.

Precisamos, enfim, de todo apoio e luta possível em prol de grandes investimentos na área da educação, pois é sim a base de uma nação que pretende figurar no primeiro mundo.

Quer cortar verba? Corte de qualquer lugar, menos da educação, por favor.

_______________
Ps: Sim. O Governador do RJ quis fazer média com aqueles pulinhos sem vergonha. Um otário. E só cai nesse marketing de “eu sou foda, salvei um ônibus, votem em mim” que for mais otário ainda.

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Imagem: Ricardo Cassiano/Agência O Dia

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Aluno da vida, sou papai babão da pequena prematurinha Laís, jornalista, escritor, palestrante e mestre de cerimônias/celebrante.

MINHA NOVA COLEÇÃO DE LIVROS CHAMADA 'ASPAS INVISÍVEIS: https://bit.ly/2VixwT5

Já fui colunista 'Bebê.com.br' (Grupo Abril) e articulista do Portal 'Comunique-se', e me defino humildemente como sendo um simples escritor com a alma borbulhando na ponta da caneta! ❤

Você, que aí está dispensando sagrados minutos do próprio tempo, é minha grande e verdadeira inspiração para dissertar acerca dos temas cotidianos que estamos direta ou indiretamente envolvidos, sempre na incessante busca pelo refletir, pensar, questionar, inspirar, conscientizar e quebrar paradigmas.

Não acredito em coincidências e, portanto, nosso encontro aqui e agora não é obra do acaso.
Estou disposto em recebê-lx da forma mais acolhedora e verdadeira possível, uma vez que sou apaixonado por pessoas que me proponham óticas distintas as que já tenho por hábito.

Concordaremos e divergiremos da forma mais saudável e enriquecedora possível nessas jornadas textuais e audiovisuais que aqui vivenciaremos, prezando sempre pelo respeito e pela democracia em atitudes banhadas à empatia e ao altruísmo, pois creio que sejam essas as principais características capazes de transformar positivamente a humanidade de forma sustentável.

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