Skip to content
Menu
  • Início
  • ‘Um pouco mais que 2 palitos’ (download gratuito do livro)
  • ‘Para pensar na cama…’ (download gratuito do livro)
  • Quem é Fernando Guifer
  • Devaneios
  • Paternidade Consciente
  • Frases e Pensamentos
  • Amor, e só.
  • Aspas invisíveis
  • Releases
  • Reportagens
  • Mestre de Cerimônias/Celebrante (contrate!)
  • Palestra ‘Paternidade Consciente’ (contrate!)
  • Adquira o livro ‘Diamante no acrílico’
  • Contatos e Redes sociais
Fernando Guifer

O que está acontecendo com nosso espírito humanitário?

Posted on 11 de maio de 2021

Já reparou que, quando não estão diretamente ligadas a nós, as dores parecem não doer mais? Como não nos comovem da forma que deveriam e como não fazem mais a gente refletir sobre a brevidade da vida e a importância dos momentos e detalhes?

Já reparou que são milhares de mortes diárias, mas raramente alguma nos toca por mais de 24 horas, nos tira alguma lágrima ou merece mais do que um “meus sentimentos” na rede social.

Afinal, o que aconteceu com a gente?

A única certeza antes da pandemia era a de que tínhamos uns aos outros.

Mas a com a banalização da vida, o fato é que temos velado nossos entes e encarado nossos lutos com a frieza de quem degusta chocolates com uma mão e segura o celular com a outra, como se fossem perdas indiferentes, levando o ‘eternamente irreparável’ com a naturalidade de quem descarta um pedaço de papel amassado no lixo.

Lembro-me de como ficávamos num extremo choque quando, há um ano, víamos Itália e Espanha anunciando mais de 600 óbitos diários cada. Perdíamos a fome, o sono, tínhamos crises de ansiedade, e um zelo absurdo pela vida de quem amamos e até desconhecidos.

Agora, morrem quase 3.000 irmãos por dia aqui no Brasil e agimos como se estivéssemos num universo completamente paralelo de sociedade já imunizada. Jantamos vorazmente, dormimos feito pedra, e, como se a pandemia fosse sido um pesadelo (já superado) que tivemos há um século, nos reunimos para churrascadas aos finais de semana. É como se o amor próprio e amor ao próximo fossem meros artigos de luxo.

Afinal, o que aconteceu com a gente?

Se procedemos de forma indiferente com as mortes violentas por asfixia de pessoas que tinham a vida toda pela frente, como reagiremos ao vizinho que sente fome? A mãe em situação de rua que amamenta seu bebê na calçada e ao relento? Ao idoso que morre aos poucos sem remédio e sem assistência? A criança no orfanato que clama por uma dignidade que é sua por direito?

Veja bem, este post está indo ao ar depois de atingirmos oficialmente o número de 156.077.747 de casos da Covid-19 em todo o mundo, com 3.256.034 de pessoas já mortas pela doença.

Na verdade, não gosto de me referir como sendo ‘números’, pois nenhuma delas foi apenas isso. Eram, em cada jornada individual, o amor da vida de alguém ou alguns, pais dedicados, mães amorosas, filhos exemplares, avós babões, netas cuidadosas, recém-casados, recém-formados; humanos especiais aos colegas de trabalho, queridos na escola, vizinhos prestativos, futuros gênios da humanidade, enfim…

Não eram simples algarismos, entende? Estamos falando de seres plurais, cada um dotado de sua necessária individualidade e donos das mais variadas formas de habilidades, características, dons, talentos, valores, ideologias e anseios. Todos tiveram seus sonhos dilacerados e deixaram tudo isso para trás ao descerem a sepultura para toda eternidade.

E pensar que, há pouco mais de um ano, essa realidade seria imaginável apenas em filmes de ficção científica. E pensar que, essas milhares de pessoas que encerraram suas trajetórias, sequer tinham noção de que viveriam tanto tempo para falecerem de uma causa que nem existia há dois anos. Maluco isso, não?

Mas, conforme mencionei nos primeiros parágrafos, além da tragédia propriamente dita, o que tem preocupado é a forma como o – geralmente tão presente no dia a dia – espírito humanitário tem escapado entre nossos dedos.

O que precisamos ‘pra ontem’?

Resgatar nossos valores? Trabalhar nossa espiritualidade?

Quem explica?

A psicologia? A filosofia? A antropologia? Você que me lê?

Ou essa resposta está somente dentro de cada um de nós?

Já não há mais medo em sair dessa pandemia da mesma forma que entramos. O pavor agora está em sairmos humanos piores.

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

SEJA BEM-VINDX AO MUNDO GUIFER!

Aluno da vida, sou papai babão da pequena prematurinha Laís, jornalista, escritor, palestrante e mestre de cerimônias/celebrante.

MINHA NOVA COLEÇÃO DE LIVROS CHAMADA 'ASPAS INVISÍVEIS: https://bit.ly/2VixwT5

Já fui colunista 'Bebê.com.br' (Grupo Abril) e articulista do Portal 'Comunique-se', e me defino humildemente como sendo um simples escritor com a alma borbulhando na ponta da caneta! ❤

Você, que aí está dispensando sagrados minutos do próprio tempo, é minha grande e verdadeira inspiração para dissertar acerca dos temas cotidianos que estamos direta ou indiretamente envolvidos, sempre na incessante busca pelo refletir, pensar, questionar, inspirar, conscientizar e quebrar paradigmas.

Não acredito em coincidências e, portanto, nosso encontro aqui e agora não é obra do acaso.
Estou disposto em recebê-lx da forma mais acolhedora e verdadeira possível, uma vez que sou apaixonado por pessoas que me proponham óticas distintas as que já tenho por hábito.

Concordaremos e divergiremos da forma mais saudável e enriquecedora possível nessas jornadas textuais e audiovisuais que aqui vivenciaremos, prezando sempre pelo respeito e pela democracia em atitudes banhadas à empatia e ao altruísmo, pois creio que sejam essas as principais características capazes de transformar positivamente a humanidade de forma sustentável.

Partiu trocar experiências? Bora compartilhar conhecimentos?

Perfeito! Então, venha e vamos! Explore tudo ao máximo, comente, compartilhe, dissemine e me procure para uma prosa mais apurada ;)

Encontre no site

Artigos mais recentes

  • Agora estou no time do ‘Canal Tá Lá Dentro!’
  • Sobre quebrar ciclos tóxicos
  • Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
  • Sobre ser padrasto…
  • “Dias que não deixaremos para trás.”

Confira o arquivo de posts

Termos mais buscados

#oLivroDaLaís amor amor de pai Brasil coronavírus covid 19 crianças Diamante no acrílico Diamante no acrílico: entre a vida e o melhor dela entre a vida e o melhor dela Família Fernando Guifer filha filho filhos futuro Guifer jornalismo jornalista literatura maternidade metanoia editora milagre mãe Música neonatal o livro da laís pai pai de menina papai Papai babão paternidade paternidade ativa podcast podcast família podcast parentalidade podcast paternidade política prematura prematuridade prematuro prematuros rock uti neonatal vida
©2025 Fernando Guifer | WordPress Theme by Superbthemes.com